segunda-feira, 31 de maio de 2010

Quem tem medo dos Espíritos?


Quem Tem Medo dos Espíritos
De Richard Simonetti
CEAC Editora
Sinopse:
"
A pouca familiaridade com o assunto, faz as pessoas temerem os Espíritos, sem atentarem à sua própria condição de seres espirituais encarnados.
Tratando da origem e destinação dos Espíritos, com os temas que lhes são decorrentes, o autor contribui para a superação desse atávico temor.
Fiel à orientação contida em “O Livro dos Espíritos”, discorre sobre os objetivos da jornada da jornada humana, ressaltando as oportunidades de edificação que ela oferece.
"

 ...
Há a história do rapaz que, embora afeito a orações e práticas religiosas, tinha muito medo dos Espíritos. Dotado de alguma sensibilidade, pressentia, não raro, a presença de seu pai desencarnado. Apavorava-se.
Um amigo espírita lhe dizia:
- Não tenha medo. É seu pai.
- Pode ser, mas virou assombração.
- É seu pai.
- Valha-me Deus! Que nunca o veja!...
Ele residia perto do cemitério, por onde era obrigado a passar para chegar à sua casa. E o fazia tenso, temeroso, principalmente à noite, quando o manto de mistério faz recrudescerem todos os temores.
Certa feita deixou uma festa por volta de meia-noite. Nas imediações do campo santo o medo o paralisou. Jamais se atreveriaa transitar sozinho pelo malfadado trecho, em hora tão tardia quando, segundo suas convicções, as almas andam soltas...
Abrigando-se num poste de luz ficou à espera de um salvador, alguém que fosse na mesma direção. Em breves momentos passou simpático velhinho.
- Boa noite!
- Boa noite, meu filho.
- Pode parecer-lhe estranho, mas posso acompanhá-lo até o outro lado do cemitério?
- Embora eu não seja nenhuma gentil donzela, tudo bem. Gosto de conversar.
Seguiram juntos, falando de trivialidades.
Ao passarem junto ao pesado portão que dava acesso ao cemitério, o rapaz explicou:
- Devo uma explicação. Pedi sua companhia porque tenho muito medo dos mortos...
O velhinho sorriu com benevolência.
- Compreendo bem o que é isso, meu filho. Eu também tinha muito medo dos mortos quando era vivo.

A história não diz se nosso herói caiu duro, desencarnado de susto ou simplesmente fugiu em velocidade de recordista.
De qualquer forma foi uma reação lamentável.
Ele enriqueceria muito sua existência se pudesse desenvolver e usar adequadamente sua sensibilidade, superando milenários temores que inibem nossas possibilidades de gratificantes experiências pessoais, no intercâmbio com o Além. 

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