domingo, 1 de agosto de 2010

O Mundo Que Eu Encontrei

Pelo Espírito Luiz Sérgio, psicografado por Alayde de Assunção e Silva e Lucia Maria Secron Pinto
Sinopse: Este é o primeiro livro de Luiz Sérgio e relata, em síntese, suas experiências iniciais após haver deixado o corpo físico, aos 23 anos idade. Descreve suas impressões de forma simples, espontânea e despretensiosa, mantendo em clima de seriedade, por vezes comovente, uma franca jovialidade que alegra o leitor. É uma leitura amena, que conduz agradavelmente à revelação do que não mais constitui um mistério, mas, quando muito, para alguns, uma dúvida, isto é, induz o leitor a aceitar a continuação da vida em algum lugar do vasto Universo.

Em Serviço Desencarnatório
... Estive ajudando o desencarne de uma pessoa que conheci e que ainda estava passando por uma prova....

Já fazia alguns meses que sabia da próxima vinda dessa criatura para o espaço. ... deram-me a oportunidade de acompanhar o desencarne.

A doença que vitimava o irmão prendia-se a motivos cármicos e constituía uma sagrada oportunidade de resgate. O sofrimento que essa doença acarreta depura o espírito e deixa perceber a extensão de certos vícios sedimentados em suas diversas fases evolutivas, bem como os sentimentos de ira, de vingança e outras inclinações más que ainda possuímos. ...

A pessoa de quem eu falo precisou ficar no corpo até que "chegasse a hora", como dizem. Há uma forte razão para assim acontecer. Nenhum irmão que o assistia pretendeu aliviar seu sofrimento antecipando sua saída do corpo. ... Havia sempre um irmão perto dele como se fosse enfermeiro. Cuidavam muito de seu equilíbrio mental.

... Quis saber porque não retiravam logo o irmão, já que não seria possível reconstituir-lhe o físico. O médico, pacientemente, explicou que nada deve ser feito antes do momento próprio. Se o espírito for retirado sem o devido preparo, pode acontecer que leve grande cargadoentia, o que iria dificultar sua convalescença no espaço.; que seria bem melhor para ele sofrer um pouco mais no corpo, para gozar melhor e mais brevemente a libertação. ...

Os espíritos que se dedicam à asistência aos desencarnantes têm grande prática e sabem ver o momento exato do desprendimento. É o que se dá ao colhermos um fruto; ao sabermos quando ele está maduro. Assim acontece. Quando se aproxima a hora de ser retirado, o Espírito é avisado de que em breve deixará de sofrer. Ministram-lhe passes que lhe transmitem forças e muitos conseguem até apresentar melhoras, enganando os familiares que os rodeiam, fazendo decrescer a tensão emocional entre eles. É a coragem de que reforça o Espírito para o desligamento final. Esse desligamento é interessante de ser observado. Como ainda sou aluno e quase nada aprendi, não sei explicar de maneira mais clara ou científica como se dá o fenômeno.

No caso que estou relatando, foi feito ao Espírito um chamamento, de modo a fazer com que voltasse para o plano espiritual, e se manteve com ele uma conversa telepática. Não sei o que lhe disseram. Não captei. O irmão já estava cansado de sofrer e depois qe entendeu a mensagem mostrou interesse em verificar quem estava presente. Conheceu um de nós e enviou pensamentos de afetividade , o que fez com que os irmãos que o observavam esboçassem um gesto de quiescência e continuassem o trabalho. Com grande calma e aparentando saber tudo o que faziam, continuaram apresentando imagens belas ao irmão, de acordo com suas possibilidades de apreensão e entendimento. 

Assim, viu-se uma luz radiosa que envolveu a todos e sons maravilhosos que vinham não sei de onde. Até perfume espalhou-se em volta. O alvo de todo este aparato era o irmão desencarnante. Logo, formas vaporosas tornaram-se visíveis para nós mas o irmão não as percebeu.

Muito vagarosamente, foi sendo chamado o Espírito para fora do corpo. Aos poucos foi desprendendo-se, como sai um inseto de sua casca, porém não havia abertura na casca (corpo). Saía por todos os poros, segundo parecia. 

O desligamento final aconteceu mais rápido. De repente, após um de nós ter-lhe estendido as mãos, ele se sentiu atraído e "largou" o corpo, que to,bou. Não se deu conta do momento exato e final de seu desencarne, pois riu de satisfação ao nos abraçar e logo caiu na sonolência, que dizem ser natural. Foi levado para as câmaras de repouso para ser cuidado até se recuperar....

... Cada pessoa enfrenta a "morte" de maneira diferente. Porém, as fases são quase as mesmas para todos. Segundo nosso mentor, há os que são apressados, impacientes, que querem livrar-se logo do sofrimento físico e acabam carregando consigo muita mácula para expurgar depois. Há os que são por demais agarrados ao plano físico e tentam lubridiar os encarregados da operação , para permanecerem mais algum tempo no corpo; estes têm sofrimento mais longo e também saem desiludidos, sem esperança e realmente cansados. Como se retiram com revolta, porque desejam ficar, então sofrem duplamente. Há os que são expelidos do corpo porque este, de repente, deixou de ter condições de servi-los, como aconteceu comigo, que não me apercebi, naquele momento, que havia desencarnado. Ainda não estudei bem o meu caso. ...
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Nota: Esta parte do livro me fez reviver o desencarne de minha mãezinha, que passou 16 dias no CTI acometida de púrpura em julho de 2008. Tomara Deus ela tenha sido acalentada por bons Espíritos e possa ter feito uma passagem suave, inversamente proporcional ao tempo que passou de cama (5 anos).
Mel