sábado, 28 de janeiro de 2012

A sensibilidade é um dom.





Relacionamentos familiares conturbados, traumas e mágoas. A rejeição de afeto entre pais e filhos é um sentimento de difícil aceitação que gera revolta. Mas se torna de fácil compreensão quando se descobre que todos estão ligados por vidas passadas.


... - Escute, Natália. Você não pode se deixar influenciar pelos outros. Precisa aprender a ser firme, a ser dona de seus pensamentos e não permitir que a energia dos outros invada você de maneira tão fácil. Precisamos criar nossas barreiras energéticas para combater a negatividade do mundo. Está na hora de criar um campo magnético positivo ao seu redor, a fim de ter consciência do seu poder de reger a própria vida. 

- Aprendi que tenho de ser solidária à dor do outro. Eu me envolvo. Se minha amiga Valéria fica triste, eu também fico. Eu sou assim.

- Um problema sério para seu amadurecimento espiritual, porque nunca estará bem o suficiente para ajudar sua amiga em acima de tudo, ajudar a si mesma.

- Não posso evitar. Eu gosto da Valéria.

- Pelo fato de fostar da sua amiga é que precisa ser impessoal. Muitas pessoas confundem impessoalidade com frieza de sentimentos. Não é nada disso. Impessoalidade é não se misturar à energia do outro. Se o outro não está bem, eu preciso estar bem para ajudá-lo. De que adianta eu também ficar mal? Vai ajudar em quê? - Adamo suspirou e disse: - A coragem de se ver e de se bancar é o segredo da evolução. Feche os olhos.

  Natália poucou a xícara sobre a mesa. Ajeitou o corpo sobre a cadeira e fechou os olhos.

- Comece dizendo para si mesma, com força: "Eu decreto o meu poder".

Natália repetiu:
- Eu decreto o meu poder.


- Quem manda em mim sou eu.

E ela repetiu. Adamo falou algumas palavras de impacto positivo e depois tocou levemente na mão dela.


- Por ora é só. O seu padrão energético já mudou.

- Nossa, parece que eu tirei um peso das costas.

- Você estava ligada a outras pessoas, por conta dos pensamentos conturbados.

- Desculpe-me. Eu não devia ter me irritado com a Marion.

- Não precisa pedir desculpas. Você se irritou porque leva tudo para o lado pessoal. Quando aceitamos os desaforos do mundo, ficamos perturbados. Quando você está perturbada, a perturbação aumenta. Quando você está equilibrada, a perturbação não entra.

- Tem um jeito bem diferente de ver a vida.

- Aprendi na marra. Eu sempre tive uma sensibilidade aguçada e captava todo tipo de energia, boa ou ruim, de encarnado ou desencarnado. ... E eu só me machucava. Achava que tinha de sofrer por conta dos débitos do passado. Daí fui estudar mais profundamente a espiritualidade e aprendi que eu sou o responsável por tudo de bom ou de ruim que me acontece.

... A sensibilidade é um dom. Conhecê-la e usá-la a seu favor só vai fazê-la crescer no mundo. A sensibilidade é um prêmio e não um infortúnio.

... Use a sua força para o seu conhecimento e a sua felicidade e jamais para lhe causar dor. 


OBS.: Esta é exatamente a sensação que eu (Mel) sinto. Por este motivo não consigo fazer várias coisas em minha vida como o meu trabalho Voluntário no Hemorio onde eu não podia envolver o que EU sentia com a dor dos pacientes. Sempre me sinto incapaz de fazer isso, apesar dos incansáveis esforços do meu marido de tomar conta deste sentimento e sensações.
Fiquem com Deus
Mel

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O Silêncio dos Domingos - A Vidraça



Autor: Amaral, Lygia Barbiere
Editora: Para Todos

Categoria: Espiritualismo / Espiritualismo
Síndrome do pânico, obsessão, gravidez na adolescência, aborto, mal de Alzheimer e relacionamento entre pais e filhos são alguns dos ingredientes que compõem esta instigante obra. Uma trama ao mesmo tempo mágica e real, que poderia acontecer a qualquer um de nós. Aquele domingo mudou a vida de todos eles. Este livro também pode mudar a sua.

... "Os senhores conhecem a história da vidraça?
A platéia fez silêncio, convidando-o a continuar.
- Faz um tempo que recebi esta historinha de um amigo pela internet, mas é mais ou menos assim - ensaiou o dirigente. - Um certo dia, uma mulher se levantou da cama, olhou pela janela e, ao ver sua vizinha estendendo o lençol no varal, disse ao marido: "Veja, querido, essa gente não sabe nem como lavar direito um lençol! O pano está completamente encardido!" E assim, dia após dia, ela verificava as roupas de cama dos vizinhos no varal, repetindo sempre as mesmas observações. Até que, numa determinada manhã, ela abriu a boca espantada e exclamou: "Veja, querido! Eles finalmente aprenderam a lavar seus lençóis! Justo hoje que eu estava disposta a ir até lá para ensinar a eles como é que se faz!" E o marido, muito calmo, respondeu: "Não, querida, fui eu quem limpei as nossas vidraças ontem à noite..."


... Por isso, meus amigos - continuou o simpático rapaz -, devemos tomar muito cuidado com o que vemos através das vidraças de nossa condição evolutiva. Muitas vezes, além de limpar o vidro, é necessário trocar de óculos. E porque não olharmos para a pessoa que passa por dificuldades como uma criatura vivendo uma experiência necessária, como alguém que precisa de estímulo que lhe elimente a coragem e a resistência, em lugar da nossa arrogante piedade?


- Mas, então, como devemos agir diante do sofrimento? - inquiriu um senhor que ainda não havia se manifestado?


- Aceitando nossas dores de maneira resignada? - opinou novamente Cenyra?


- Talvez um pouco mais do que isso - avaliou o dirigente. - Não basta sofrer, achamos que temos de sofrer por que aprendemos erradamente, ao longo de muitas gerações, que o sofrer em si é uma coisa boa. É importante tentar descobrir as causas que provocaram o nosso sofrimento atual e lutar para combatê-las. Por que, no final das contas, é muito cômodo sofrer, chorar pelo que a vida fez com a gente, ao invés de assumir a responsabilidade por nossos próprios atos que nos levaram a passar por esta ou aquela dificuldade. Cabe, portanto, aquele que sofre, reagir, não se entregar simplesmente ao sofrimento, como se isso bastasse para o seu aperfeiçoamento. Precisamos ser fortes e corajosos, fazer frente ao que a colocou diante de nós. Nenhum pai envia um filho para executar uma tarefa sabendo que este filho não está apto a cumpri-la. Da mesma forma, Deus jamais nos dá provas superiores às nossas forças. Sabendo disso, devemos agir sempre como um soldado confiante em seus superiores, seguro de que eles sabem onde o enviam e por que o enviam.


... Deus é tão bom que jamais nos deixa sozinhos. Se a gente tem de passar por alguma alguma dificuldade, podem ter certeza de que sempre haverá em nosso caminho amigos ali especialmente posicionados para nos ajudar. Não só amigos encarnados como também amigos desencarnados, seres que nos acompanham desde que deixamos o plano espiritual dispostos a vivenciar mais uma experiência reencarnatória, que nos orientaram no planejamento desta experiência e que jamais nos abandonam."