sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A Carta










Autor: Nancy Puhlman Di Girolamo
Editora: Mundo Maior
É uma obra de vida, unimos dois livros em um "O Castelo das Aves Feridas" e "Aves Feridas na Terra Voam". Ambos expressam a mesma mensagem, o sentimento de gratidão aos espíritos destemidos que escolheram ou aceitaram as reencarnações difíceis, por amor a si próprio, portanto, preparados para o amor ao próximo. Esse livro conta à história de uma criança portadora de deficiência mental.
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Eu sou uma criança excepcional. Visivelmente não me apresento igual às outras da minha idade. Minha expressão facial, bem observada, fala de minhas dificuldades. Meus olhos não se fixam facilmente nos objetos. Meus movimentos são lerdos ou agitados, descoordenados e deselegantes. Quando vocês falam depressa ou usam expressões menos simples, eu não consigo acompanhá-los e fico confusa. Se tento me expandir, dizer o que sinto e o que quero, geralmente não encontro as palavras, ou as pronuncio de forma que os deixo impacientes.



Contudo me sensibilizam seus carinhos e atenções. Comunicamo-nos através do amor.


Necessito do amor de vocês, do convívio, da presença de vocês, talvez mais do que as outras crianças.


Notem bem. Do amor e não da piedade.


Por favor, sem nenhuma gota de orgulho, repito-lhes: - Não quero a piedade porque ela apequena ainda mais a vocês do que a mim. A piedade é um disfarce de revolta para com a lei de nosso Pai.


Convençam-se: eu quis nascer uma criança excepcional. Quis porque precisava muito dessa experiência. Meu espírito foi consultado e aceitou a situação como quem recebe uma flor do céu, a flor da redenção.


Vocês se esqueceram, mas eu venho lembrar-lhes: - Também foram escolhidos e consultados por motivos bem definidos. Vocês aceitaram participar dessa prova, pois precisavam dela tanto quanto eu.
Não me rejeitem, enviando-me para um internato, sob o pretexto de que ficarei mais bem cuidada. Se fizerem isso, nosso plano de renovação conjunta cairá por terra.


Vocês não perceberam que eu e todos os meus irmãos excepcionais também temos que desempenhar uma tarefa específica em favor da cultura, da ciência e da tecnologia humanas?


Não observam como os povos, os governos, os religiosos, os tecnólogos estão interessados em estudar e resolver esse "problema" da excepcionalidade?


Já refletiram que a nossa presença nas ruas, nas escolas, nos parques, nas oficinas, vem ajudar os homens a valorizar suas possibilidades livres e abrir novos rumos às noções de variabilidade e até mesmo de responsabilidade?


Notaram como falam de nós, atualmente, até com simpatia?


Tudo isso porque, em vez de nos isolarem, pais corajosos nos mostraram aos laboratórios, nos integraram como seres humanos nos seus grupos de convivência e pressionaram as inteligências dos estudiosos para atender à nossa crescente população.


Não fiquem tristes com minha exígua aparência. Nem pensem que não posso aprender, que vivo vegetando ou sofrendo. Nada disso! Creio mesmo que eu esteja aproveitando, mais do que vocês, desta existência. ...


... Suplico-lhes: Não façam por mim o que eu posso aprender a fazer sozinha.


Enquanto eu treino minhas poucas capacidades físicas, treinem vocês a paciência para me ajudar a participar. ...


... Deus não me deixaria reencarnar para essa experiência difícil, sem uma grande assistência dos anjos de luz. Frequentemente até os vejo, converso com eles e sorrio feliz. (Vocês pensam que estou falando sozinha ou rindo à toa). ...


... Ser excepecional não é ser doente. É ser diferente, entenderam? Diferente dos padrões considerados percentualmente normais....


Nota: Dedico esta postagem à querida Marilena Pessoa (na foto com seu "anjo") e ao querido China, meu amigo de tantos anos que é portador de paralisia cerebral e já me mostrou diversas vezes onde estão a minha mãe e a dele e usa a expressão IGU pra perguntar sobre meu filho, que ele conhece e adora desde pequeno. Meu amor eterno!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Você se considera um fracassado?


Imagino Que Você Queira Ser Feliz - Memórias de Um Anjo Guardião
Pelo Espírito de Caio Mário
Editora Alvorada Nova
Sinopse: Caio Mário, o mesmo autor de Minha Vida em Gestação, sob a orientação de Cairbar Schutel, ressalta a interação entre os dois planos da vida, sob o ponto de vista de um Anjo Guardião em relação ao seu tutelado. Conduz-nos a conhecer melhor o trabalho desse espírito protetor para dar-lhe o devido valor, aproveitando de forma voluntária e consciente sua ajuda e seus conselhos.
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- ... Sou um fracasso mesmo. Ou não? Diga-me que não.

- "Fracasso" é algo muito relativo. Façamos o contrário - definamos o que é "sucesso".

- Sucesso é ter vencido na vida, ter uma boa posição econômica, uma família estruturada, bons amigos... É isso.

- Simples assim?

- E não?

- Este é o presunçoso sucesso material, aquele que alguns, como você, juçgam essencial à vida, mas não é. Ter amigos e uma família estruturada somente são conseguidos se você tiver bom caráter e personalidade firme, calcando sua existência em atos cristãos. Sem isso, será somente uma ilusão a mais. Por outro lado, sucesso, meu amigo, é estar construindo uma bagagem espiritual de conquistas e créditos obtidos nas boas atitudes. Ao desencarnar, você não leva consigo bens materiais, mas tão-somente o que restou no seu saldo espiritual. Por isso, sucesso é triunfar na senda evolutiva, abandonando vícios e rompendo nefandas barreiras anticristãs. 

- E o fracasso? Ainda assim sou eu.

- Fracasso é parar de lutar. É dizer por antecipação que desistiu de lutar. Fracassar é encerrar o jogo da vida antes da morte. Isso é fracasso.
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Nota: Esta é mais uma das trocentas vezes que leio este livro e cada vez que leio aprendo uma coisa nova e me é útil em minha vida. É um dos meus livros preferidos e aconselho a todos que o tenham em sua "estante". E espero que lhes seja útil assim como tem sido para mim.

Beijos
Mel